sexta-feira, 6 de março de 2009

O ponto de pertencimento


Limpo meus olhos com cera, para ver a que pertenço, programo um foco para ser o ponto de flexão do meu corpo, de minha mente.

As rugas em minha testa atestam o quanto tenho anunciado uma precisão precose.

Pisco olho esquerdo comprometendo meus juizos.

Assiduo estou de vista na imagem que sugere em linhas e curvas uma odisséia.

Divago em tais chascos que nutam ao mais ingreme dos retalhos;


O ponto de pertencimento,

O visgo que emana o verbo a uma propagação essencial,

O pouso de uma cigarra ou uma salada lilás,

A dobra que Leibniz lambe para limpa-se da compreensão babosa,

O turvo anglo poético do ébrio Baudelaire e suas flores e paraisos,

Meu simples intuito cautelar de encontrar o gôzo pelo globo ocular.

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