domingo, 29 de março de 2009

RARAS PÚLCRAS

Ele é um lépton com alguma coisa a mais
Um néctar ao bel prazer de belas abelhas
Deveras ser tão minúsculo ao olho nú
Como imenso ao seu próprio mundo

Ela é cosmogÔnica pelos simbolos que a trás
Uma imersa longitude de além mar
Puderas ter um ão de todo jus
Do qual infímo também não nego

ela e ele são raras pulcras que pertencem as coreografias do infinito

segunda-feira, 16 de março de 2009

Abrasa aos olhos


A vista alcança chamas que formam um disforme vulto da imprecisão, do imprevisivel a vasta idade do mundo.

Ô grande vela que abrasa os olhos da noite e queimamente se pôe ao alcance do fusco.

Ès tão belo ardente a carne, e cintilante ao ocular da deusa íris que transborda de quentura e leveza.

Nunca estás no ponto se eleva pelas curvas e pelo vento.

Quando clareia mareia o verbo pegar.

O que enxergo-te ao olhar, é um sussurro morno aos sentidos do povo em adorno de são joão.

Nume de ritos e ditos, dos mais antros dos elementos tu és o menos denso, volupeia ao vento como poesia cornea de quem a teu redor sagra ou profana a roda.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Benévolo rosicler dos meus anos.


Que tom alsarei meus verbos quando avivar minha voz?

Pétalo fusco que viceja perene

Um grão tonante que se queima em premissas belas

Sonoros vertíbulos pela orla da mente

Ou abluções de cores que osculam e arruas a alma ao pestanhejar


Passo a dedicar uma definição à ventosa figura:

Uma noite opaca em brando sono que visita o olho, infunde pelas palpebras minérios de tons e auroras vertiginosas.

Um esfomeado bom presságio de loucura suprema.

O magnífico e arbóreo jardim de cores inconstantes que candeceu pelo benévolo rosicler dos meus anos de arte.



sexta-feira, 6 de março de 2009

O ponto de pertencimento


Limpo meus olhos com cera, para ver a que pertenço, programo um foco para ser o ponto de flexão do meu corpo, de minha mente.

As rugas em minha testa atestam o quanto tenho anunciado uma precisão precose.

Pisco olho esquerdo comprometendo meus juizos.

Assiduo estou de vista na imagem que sugere em linhas e curvas uma odisséia.

Divago em tais chascos que nutam ao mais ingreme dos retalhos;


O ponto de pertencimento,

O visgo que emana o verbo a uma propagação essencial,

O pouso de uma cigarra ou uma salada lilás,

A dobra que Leibniz lambe para limpa-se da compreensão babosa,

O turvo anglo poético do ébrio Baudelaire e suas flores e paraisos,

Meu simples intuito cautelar de encontrar o gôzo pelo globo ocular.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Ladeira da velocidade



Na subida da velocidade a minha vontade é potencializar, na curva do orde disponho meu grito meu linguajar.


Ajeito meu tempo e busco um roteiro para marcar tendência com a experiência de ser pura arte. Na rampa dos versos vou rápido, amarelo e agudo, quando alcanço o outro, me esbanjo de sentir a vida dada presente em tudo.


Trago um elo entre os quatro elementos presentes, nos momentos que invento os contrastes das cores da mente.


Linda é a beleza do que não alcanço, como um tango de estrelas e uma infinita ladeira que ando e não canso.


Canções de um curso que a vida enxerta e agôa, empresta a seiva dos dias o brilho do mar de coroa.


Por de trás de uma rocha pode ter uma tocha, uma prosa de fogo, um pedido ou um jogo de palavras ciganas.


Um salso abismo em mudança de cena, outras favônias vidas aumentada ou de menas.


És que não tem idade e segue a vontade essa nau que sobe a tal ladeira da velocidade.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Da noite pétala aurora


A luz que a brisa alcança , me posta de flores ao quase rumores da íris que fecha e abre ligeira.
Uma sorrateira presença da alma, que arde e acalma ao mais misto verso do qual acalanto.
Um antro de cheiro bem mais que a vulso, um quase impulso do último verso que digo e não meço.
O vulto anima a pétala aurora, de número ímpar que hà dias aflora o mais puro grito.
ver de comprido o tal monumento que surge rompido pela máquina do tempo da noite lunar.
O que há por trás da brancura o ímpeto apura em ação.
Ou é chão ou é mar de acasos da vista, quem anda sem pista só pode encontrar.
Pisca o olho de vidro que ao toque leve a luz, o que meu corpo permite a mente também implora.
Um crepúsculo, uma aurora em plena meditação.
A arte do ver o mundo, do sentir e do pensar.
Essas são pétalas de outroras que sempre ei de lembrar